O Audiovisual é, antes de tudo, uma linguagem. E através dessa linguagem podemos imaginar uma infinidade de temas, personagens, histórias, lugares, vivências e identidades; é possível, por causa dela, vivenciar experiências variadas e múltiplas (afetivas, sensoriais, estéticas, políticas) capazes de nos deslocar, enquanto espectadores, para um lugar outro, do qual não se pode sair ileso.
À medida que a história do Cinema e da Televisão é contada, novas contextualizações emergem para dar conta de novas tecnologias, novas configurações de público, novos olhares. Nesse sentido, qual é o lugar do texto, da pesquisa, do pensamento e do mapeamento dessa história viva que, a cada dia, evolui e se direciona para conhecer o próximo passo, o próximo desafio, o próximo mistério?
Da inquietação de reimaginar os espaços reservados ao texto e ao pensamento, e da vontade de procurar um lugar no fazer audiovisual, a revista Reimagem inaugura-se em um momento de necessária reafirmação do Cinema e da Televisão enquanto linguagens capazes, ainda, de transgredir e desestabilizar. O que aqui se pretende, no entanto, não é inventar a roda, visto que espaços reservados para o pensamento crítico já coexistem aos montes, mas somar a isso, proporcionando mais um lugar de discussão, despido de estruturas hierárquicas, em busca de um espaço democrático de conversas abertas não só sobre o Audiovisual em si, mas também sobre as mais variadas questões que tomam forma através dele.
Sejam todxs bem-vindxs a Revista Reimagem.